segunda-feira, 28 de abril de 2008

Eventos para Noivas e Sorte


Se eu andasse muito em jardins eu teria feito, quando criança, uma coleção de trevos de quatro folhas. No prédio em que eu moro havia um pequeno trecho de trevos, e a única vez que sentei nele eu arranquei um e era de 4 folhas.

Xuxa já leu minha cartinha. Já ganhei bicicleta em sorteio de Mara Maravilha. Ah, Minha Monark BMX verde, que saudades... Ontem eu emprestei minha sorte.

Fomos eu, Renat, e algumas noivinhas assessoradas por minha fiel Mi a um desfile de noivas.

Nº 1: aconselho todas as noivas a andar com noivas. Elas estão sempre interessadas em te ouvir e palpitar sobre o seu dia, e você nunca ouve um "você só sabe falar de casamento"!

Nº 2: eventos de noivas sempre têm sorteios magníficos, inscreva-se e vá a todos que puder, além de ter parâmetros de fornecedores e preços comparativos, você ainda pode sair com um bolo, um vestido ou um buffet de presente...

Voltando à história: Renat não havia conseguido vaga no desfile, então foi como minha acompanhante. Só quem entra no sorteio é titular, mas simpáticas e comunicólogas, conseguimos mais um cupom. Nele eu escrevi o nome de Renat e pus uma estrelinha do lado "para dar sorte".

E dona Renata ganhou o vestido!!!

No meu eu não pus estrelinhas, mas fique feliz de verdade com o sorteio. Eu já fechei o meu, e não poderia ficar com dois.

Ainda acho que conseguirei fechar um pacote de lua de mel e ganhar meu dia de noiva onde eu quero e minha noite de núpcias (ou melhor, dia de núpcias).

E que ninguém me diga agora que é perda de tempo...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Mas afinal, o que é caipira-chique?


Do alto de minha criatividade invento eu esta história de fazer um casamento junino. Por inúmeras razões, das quais a principal será divulgada em minha festa. E como todo casamento junino que se preze, não posso permitir convidados vestidos com traje que não seja um mínimo de caipira.
Mas pera lá, é um casamento. Fico entre dois limites tênues: o social, formal, cabo de vassoura guela abaixo, e o junino, interiorano, meio brega meio demodê. Então, como quem cria uma festa temática até então não vista pela maioria esmagadora de seus convidados, tive que partir para a criatividade lexical combinada. E vai no convite: TRAJE : CAPIRA-CHIQUE.

O junino ou caipira chique é um termo criado por esta noiva caipira no século XXI para ajudar a definir o traje dos convidados em seu casamento. Como a festa é junina, não esperamos que você se limite a colocar aquele vestido que passeia pelos casamentos da capital baiana e afora, para os forasteiros, ou aquele terno que incomoda aqui, tá folgado ali, ou que você ainda vai ter que passar na casa do brother pra pegar.
Esperamos que você crie um look como se fosse a um casamento na roça, com clima de interior, ou country, ou junino, mas sem descaracterizar o visual de um casamento. Ou seja: salto agulha com paetê pode ser demais, havaianas e jeans surrado de menos.
Não esperamos as moças necessariamente de bombacha e trancinhas nem os moços necessariamente de quadros e retalhos, mas isso vale!
Sugerimos um toque junino. Um toque de exagero.
Um toque coutry, um toque viúva Porcina e Roque Santeiro, um toque de flores ou rendas, de babados ou quadros, retalhos, fitas, chales, lenços, jaquetas vaqueiro, botas…
E até ainda os famosos vestidos de festa com um toque criativo interiorano são bem vindos.

Preciso de 3x mais espaço no convite, please!

Bom, na verdade, esperamos que todos se sintam a vontade e se vistam de felicidade para comemorar conosco!

Que fique dito!



sexta-feira, 18 de abril de 2008

O povo chamado "noivas", e minha assesora Mi


Em muitos dias da minha vida eu me lamento por Salvador estar crescendo tão rápido, e ter se tornado uma cidade grande e desordenada, mal planejada, com tráfego de veículos insuportável quase todas as horas do dia.

Mas vejo neste momento da minha vida que apesar do tamanho, Salvador continua sendo aquela cidade pequena, onde fulano conhece beltrano que conhece cicrano. E isso dá uma certa segurança para contratar fornecedores, porque virando e mexendo dá pra encontrar ex-noivas que já fecharam com cada um deles antes. E para minha surpresa: dispostas a falar horas no telefone sobre cada detalhe de seu casamento.

Fiquei impressionada como as ex-noivas são solícitas. E imagino que não serei nem um pouco diferente. Penso que ao receberem o telefonema de uma "noivinha", virgem e inexperiente na arte do casar, se sintam magnânimas, fontes do saber, e aproveitem o momento para reviver o evento mais planejado de suas vidas.

Sim, acredito que quem fez festa de casamento nunca se dedicou tanto a outro evento por toda a vida. São tantos os detalhes, são tantas coisas pra escolher, pra selecionar, para pensar que mesmo para mim, que trabalhei com eventos grandes durante anos da minha vida, não conseguiria pensar em tudo e lembrar de tudo sozinha.

E aqui entra minha assessora, Dona Mi. E que ninguém venha me dizer que sem ela eu faria igual. Sou perfeccionista, mas não tenho experiência nisso. E a experiência e traquejo de alguém que vive disso, que ama isso, que faz tudo isso com paixão, vale muito. As vezes sinto como se fôssemos duas noivas. A diferença é que é minha primeira vez... hehehehehe. Ah! E que ela vai ser a noiva chata, exigente, perfeccionista enquanto eu estiver entre uma sessão de massoterapia e um banho de ofurô com o celular desligado, no dia da festa.

Mas acho que esse processo já vai mostrando o “casar”. Vai mostrando que a vida é bem mais cheia de detalhes do que a gente imagina quando é solteira e mora na casa da mãe. Mostra que planejar com os pés no chão é a melhor forma de ter tudo o mais próximo possível do que a gente quer. E mostra que ajuda de quem já viveu e de quem tem experiência nunca é demais.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Castigo Pré-nupcial


Toda noiva sabe que surpresas desagradáveis alguma hora vão aparecer. Pequenas e irrelevantes (mas monstruosas aos olhos de um ser ansioso e na fronteira de um breakdowns) ou, de fato grandes catástrofes. Dessa vez, por favor, não aceito ser taxada de dramática. Tudo que eu não precisava na minha vida agora era sofrer por morar numa casa de ferreiro com espetos de pau.

Eu realmente não precisava de catapora neste sublime momento de minha vida. Tá bem, eu sei o lado bom, meu espírito de poliana já me contou: 15 dias em casa, tempo até demais para descansar depois de 3 anos sem férias. E fantástico que isso não aconteceu na semana do casamento, porque eu certamente não casaria assim.

Estou inchada como a princesa Fiona do Shrek, na versão Ogra. A catapora foi cruel suficiente para atingir meu rosto mais do que qualquer parte de meu corpo. E virei a noiva caipira, cheia de bolinhas (não aguento mais esta piada).

Estou feia, coçando, dolorida, aprisionada, com febres constantes e ainda corro o risco de casar toda manchada (e viva o Photoshop!)

Não estou nem no meio do processo, mas já desafio qualquer noiva com relacionamento saudável a apontar um desastre maior às vésperas do casamento...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Visita à casa




A semana está sendo muito puxada. Depois de passar o fim de semana viajando e trabalhando, visitas consecutivas à fornecedores de casamento tomam-me o tempo. Ontem foi o dia de visitar a casa onde será a cerimônia, casa esta onde passei férias douradas, fins-de-semana de intensa liberdade e contato com a natureza, onde comemorei os mais esperados aniversários de infância, casa que é o legado da família Barata agora ameaçado pela violência dos tempos modernos.

Sempre soube que um dia casaria ali.
E voltar ontem, depois de tanto tempo, vendo a casa abandonada por nós pelos infortúnios provocados pelo crime, foi ver como ela resiste, impávida.
A casa tem alma própria, e reflete cada dia de felicidade vivido ali.
Ela estava ainda mais bonita. A grama frondosa se estendia por todo o terreno. Sem as marcas de pneus de carros entrando e saindo diariamente, era um tapete para os cães saltitantes que comemoravam a imensa vida que toma conta da casa. Os pilares também estavam vivos, abraçados por imensas plantas de folhas magnificentes. Eu já havia me esquecido a quão viva era minha casa!

Confesso que me emocionei. Fui imaginando cada cena da cerimônia e da festa acontecendo.
Me vi entrando nave adentro, em direção ao altar.
Vi meus amados convidados bebendo e dançando, meus primos me abraçando, meus padrinhos rindo alto e contando as mesmas histórias que já sei, e que não me canso de ouvir contarem...
Pude ver até vislumbrar meu pai na ponta da varanda, já esquecido do alto investimento que o incomodou durante os meses de preparação, e com um sorriso de anfitrião que toda noiva sonha ver nos lábios do pai no dia D. (ou C, sei lá)

Os comentários de meus acompanhantes só enalteceram a casa que tanto amo.
Confirmei: escolhi a casa perfeita para o tema perfeito. Ganhei um novo gás para continuar.
Tudo isto vai valer a pena.