quarta-feira, 26 de março de 2008

Noivas Neuróticas


Eu comecei a catequizar o noivo caipira há umas duas semanas para assistirmos mais filmes e programas sobre casamento e vida de casais. O primeiro foi uma sábia escolha: Noivas Neuróticas, se não me engano, do People and Arts.

Ele, que me acha ansiosa, e as vezes nervosa, aprendeu bem o que é uma noiva estressada. Aliás, psicopata, porque o casting daquele reality com certeza foi feito com pacientes usuárias de tarja preta.

Eu posso estar enganada, mas quanto mais velha a gente casa, menos neurótica a gente deve ficar com o casamento. O que mais me estressa na vida são consequências de escolhas com as quais não estou acostumada a lidar, pras quais não tenho maturidade. AINDA. Por que acredito que é enfrentando como se tivéssemos escolhido aquilo que torna a lição mais suave, o caminho menos difícil.

Sempre que penso no casamento, penso na infinidade de coisas que tenho que escolher e que não havia imaginado. Não conseguiria me imaginar casando aos 18 anos. Talvez por ser filha de uma família amorosa, de um lar acolhedor, por não ter por que fugir do ninho, acho casar um tantão de coisas, uma enxurrada de escolhas que as vezes parecem se atropelar, de tantas que são.

Dá vontade de criar vias e semáforos em minha cabeça: essa idéia pára, que a outra vai cruzar a pista. Ai meu deus, lá vem o trem!! Pera, peraaa, não atravessa com sinal fechado nãaaaao, ainda não acabei de pensar naquilo!!!

Ainda me acho, as vezes, nova para lidar com tantas decisões, com tanta mudança.

Mas a verdade é que elas me deliciam. O casamento é o desafio que faltava em minha histérica existência.

A super-mulher está sendo posta à prova.

Enquanto um super-homem puder me entender e me amparar está tudo certo.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Se ansiedade matasse eu fundaria o cemitério das noivas!




Eu estou numa dúvida terrível: não sei se deveria ter me preocupado com as coisas de meu casamento a mais tempo, ou se quero que ele chegue logo e se acabem os preparativos, a correria, as indecisões, as opiniões e a ansiedade.

Ansiedade faz blog.
Ansiedade engorda.
Ansiedade emagrece.
Estressa, dá sono.

Ansiedade é como TPM, a gente pode pôr nela a culpa do que a gente quiser.

Eu não sei se não vejo a hora de casar, ou de me mudar, ou de acabar com essa correria, ou de deixar de ser nômade. Estou há um ano fazendo estágio de cigana: casa de mãe - casa de sogra, e quando achei que só dava pra ficar melhor que isso, agora os fornecedores caíram no meio do roteiro.

Tive um fim de semana de páscoa longe de tudo, e achei que minha noividade ia ficar em paz até descobrir outras noivas tão, mais e menos ansiosas do que eu. Puxar fila é fogo, a gente tem que fazer bonito...

E noiva tem ímã, nunca fui em um lugar onde houvesse uma noiva só, e dane-se a falar de casamento!!!
Ê lelê!

Até eu já estou me cansando as vezes...

Mas isso é só até o próximo fornecedor, e eu desato a falar tudo de novo!

Hehehehehe

Que chegue logo este bendito dia, pra eu voltar à culpar a pobre da TPM!!!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Escolhas


Ahhh!

Como eu queria que todo o processo noivístico se resumisse a escolhas simples, como escolher o buquê!

O tempo passa muito rápido entre a escolha da data e o dia do casamento. Este contador aqui no blog me lembra todos os dias que a cada segundo, perdi um segundo para fazer escolhas. E noivar é escolher. Desde escolher casar e com quem casar, até escolher a sogra, o bolo, o padre, o buffet, os padrinhos, o vestido...

Costumo ser uma pessoa indecisa, e o exercício me tem feito um bem enorme. A nova maneira de escolher é: gostei, paro aqui, tá escolhido, e vamos para o próximo item que essa lista parece não ter fim.

Agora compreendo porque tem tanta gente que um ano antes já tem uma pasta com 1350 orçamentos de cada item. É como ir na C&A: você quer uma coisa, não acha exatamente o que quer acaba experimentando 5 ou 6 outras coisas que lhe cruzaram o caminho só porque não tem vendedor pra encher seu saco.

Isso é a parte boa dos fornecedores de casamento: acho que eles estão acostumados a lidar com noivas neuróticas, e nos poupam daquela encheção de saco "me contrate por favor".

Eu estou encontrando o que quero, e isso tem me feito uma noiva extremamente feliz!

terça-feira, 4 de março de 2008

Noiva On Tour


Desde a semana passada soma-se à minha atividade noivística um novo desafio: ser pesquisadora itinerante. Ganhei um roteiro de cidades no Brasil onde irei para trabalhar em minha nova, revolucionária e instigante atividade de pequisa qualitativa com toooooodo o público alvo da empresa.

Ainda não sei como conseguirei ser (boa) filha, (boa) noiva, (boa) neta, (boa) sobrinha, (boa) funcionária e (boa) amiga e passar os fins de semana fora do estado trabalhando. Mas minha histeria tanto me oprime quanto exalta o quesito “desafio”.

Odeio sentir que estou fazendo a mesma coisa sempre, e aqui revogo a reclamação da noividade como estado temporário: ser noiva a vida toda deve ser uma boa bosta.

Então me perdoem as ausências ao longo deste ano: estou ocupada em viajar, trabalhar e noivar.

AAH, e me aproximar dos Chuianos, claro!